Coluna Visão de jogo














20/11 às 20:00
Título merecido
Real Noroeste se afirma no futebol capixaba e Desportiva sai de cabeça erguida


Jogadores comemoram primeiro títuloFoto: Fábio Vicentini
O título da Copa Espírito Santo está em boas mãos. Como todos sabem, tradição e campanha não entram em campo. Se entrasse, o Real não estaria comemorando o título inédito. Pela campanha que fez, a Desportiva, que venceu cinco jogos (seis contando com o W.O), levaria vantagem. Ainda mais para uma equipe formada há dois meses antes da competição.


Mas o time de Águia Branca fez por merecer. Talvez não pela campanha na Copinha, mas pelo “conjunto da obra”. Com menos de um ano e meio de futebol profissional, o time chegou em três finais. O trabalho é bem feito, não se ouve queixas por parte dos jogadores e a estrutura é invejável para qualquer time do Estado. Um título para coroar a confirmação do Real Noroeste na elite do futebol capixaba.

Com o título vem a responsabilidade de representar o Espírito Santo na Copa do Brasil. A desconfiança existe, é claro. O time é novo, vem do interior, poucos conhecem, a torcida é relativamente pequena, tudo isso contribui para a desconfiança. Mas acredito no time. A prova de fogo será mesmo a Copa do Brasil.



Desportiva de cabeça erguida

O torcedor grená, antes desconfiado da equipe, acreditava no título. Foto: Fábio Vicentini























O torcedor grená pode até ficar triste com a derrota na decisão, mas não tem o que reclamar. A Desportiva Ferroviária voltou ao futebol profissional após 12 anos em alto estilo. Com um time montado em dois meses, a Tiva acabou com a desconfiança da torcida, virou favorita e deixou para trás os rivais Rio Branco e Vitória.

Agora é levantar a cabeça e trabalhar para 2012. Série B vem aí. E o sucesso começa com a permanência dos jogadores do elenco.







7/11 às 20:25

Desportiva Ferroviária e Real noroeste disputam o título da Copa ES

Confesso: esperava ansiosamente pelo maior clássico do futebol do Estado na final da Copa Espírito Santo. A Desportiva fez a sua parte, eliminou o Vitória e se garantiu na decisão. O Rio Branco ficou para trás, mais uma vez. O Capa-preta, aliás, sofre com o regulamento da competição, que parece conspirar contra o time alvinegro. Pelo segundo ano consecutivo, o Rio Branco foi eliminado sem perder o jogo decisivo. Em 2010, dois empates em 1 a 1 com o mesmo Real Noroeste eliminaram o Brancão da competição. Nesta edição, 0 a 0 e 2 a 2. E o mais impressionante: no geral, o Rio Branco fez melhor campanha que o time Merengue e ainda fez dois gols na casa do adversário (o que na Copa do Brasil vale classificação). Coisas do futebol... vai entender. Fato é: Real na decisão, surpreendentemente, pela terceira vez em um ano e três meses!

Sem medo, coloco todo o favoritismo na Desportiva. Time experiente, bem entrosado, fez bonito na Copa ES e tem tudo para coroar a volta ao futebol profissional com o título da Copinha. Ainda mais por decidir em casa.

Curioso nesta final é a possibilidade de disputa de pênaltis. Como não existe vantagem na decisão, o campeão poderá sair de cobranças de penalidades, o que gostaria muito de ver. Vamos esperar.




22/10 às 22:00
Semifinais sem surpresa. Teremos Clássico na final?









Terminou a primeira fase da Copa Espírito Santo. E sem novidades. Uma semifinal previsível, talvez com o Real Noroeste sendo o único azarão entre os quatro finalistas. Minha aposta no Grupo B era no Botafogo de Jaguaré, que chegou aos 13 pontos, mesmo número do Vitória, mas na desvantagem pelo saldo de gol. Quem acabou ficando na liderança foram os Merengues, que ganharam três pontos de graça com a suspensão do CTE.

Quem não pode olhar o Real como azarão, coadjuvante, ou qualquer coisa do tipo é o Rio Branco. Afinal, o time de Águia Branca eliminou o Capa-preta da competição em 2010. Dos jogadores titulares no ano passado, os atacantes Willy, que vem sendo destaque na competição, e Rickson ainda estão na equipe. O Real é perigoso, e acredito em um jogo difícil para o Rio Branco – principalmente em Águia Branca.

Sempre acreditei na classificação da Desportiva, mesmo com a derrota no Clássico. Uma pena não ter jogado a última partida, contra o Capixaba. E por falar nisso, e o Capixaba, hein? Francamente, é vergonhoso. Lamentável a situação do time sulino. Foram três W.O em um ano. Mais uma página triste para o nosso futebol. Aliás, a Federação agiu bem em suspender o clube por um ano. Parafraseando o Gilmar, da Desportiva, se for para continuar assim, talvez é melhor fechar as portas de uma vez.

Voltando ao assunto ‘semifinais’, o único time dos quatro que não estou levando muita fé é o Vitória. O Alvianil se classificou aos trancos e barrancos e não convenceu o Vevé, nem a torcida, nem ninguém. Dificilmente o time de Bento Ferreira passa pela Tiva.

Por fim, com todo respeito ao Vitória e ao Real, fica a minha torcida por um Clássico 
Desportiva e Rio Branco na final da Copa Espírito Santo. O Estado está precisando disso. Vamos lá, Tiva! Vamos lá, Branco! Nosso futebol agradece. 






20/10 às 20:00
Athirson no Brancão


Calma. A foto não é verdadeira e nada está assinado. Mas o lateral esquerdo Athirson, que passou com destaque por Flamengo, Juventos (ITA), Botafogo e Cruzeiro, pode pintar no Rio Branco. Apesar da diretoria não confirmar, o nome do lateral já começa a circular nos bastidores capa-preta. A torcida já aprovou, e nas redes sociais a campanha #AthirsonNoBrancão já começa a ganhar força.



Neste mês, Athirson esteve no Estado e assinou com o Projecta, de Vitória, para disputar o Circuito Nacional de Futebol 7 Society, que aconteceu em Pernambuco. O jogador, com 34 anos, ainda está em forma e mostrou um bom futebol no campo society.


Seria uma boa para o Rio Branco e para o futebol capixaba. O time iria ganhar mais visibilidade e poderia lucrar na venda de uniforme, além de ser uma atração a mais para o torcedor – tão carente em bons jogadores. Além disso, diferentemente de jogadores como Túlio Maravilha, que está vagando pelo Brasil na busca pelo Gol Mil, Athirson poderia trazer qualidade ao time, não só marketing.


Eaí, será que vem? 






29/09 às 15h45
Artilheiro da Série B pelo Náutico, Kieza passou pelo Caxias antes de brilhar na Desportiva



Muito antes de virar ídolo no Náutico, onde atualmente é o artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro, e antes até mesmo de levantar o troféu da Copa Espírito Santo pela Desportiva, em 2008, Kieza demonstrava seu futebol e seu faro de gol no campo do Caxias, em Itararé, Vitória.

Kieza se profissionalizou no Serra, antes de ser transferido para a Tiva, onde virou ídolo. Mas antes disso, aos 11 anos, o artilheiro atuou pelo Caxias, clube da Polícia Militar, de onde também saiu Kleber, do Porto.





26/08 às 22:00
Messi no Brancão?

Uma imagem no mínimo inusitada está circulando pelas redes sociais e dando o que falar. Trata-se de uma foto do atacante Messi, do Barcelona, segurando a camisa do Rio Branco. Se não for montagem, a possível fotografia foi tirada em um evento do Boca Juniors.

Possível foto de Messi ao lado de duas torcedoras do Rio Branco





24/09 às 18:30
São Mateus: o pior time do Brasil?


São Mateus: lanterna da última divisão nacional
O São Mateus é o pior time de futebol do Brasil. A frase pode parecer um pouco exagerara. E é. Mas pelas estatísticas é bem isso mesmo.

Na semana passada, o Pitbull perdeu mais uma. A goleada por 4 a 1 para o Volta Redonda encerrou a participação do time na Série D do Campeonato Brasileiro, sem vencer nenhuma partida. Foram oito jogos, cinco derrotas e três empates, o que levou o São Mateus ao último lugar na classificação geral da última divisão do futebol brasileiro. O pior entre os 40 times.

A questão é: pelos números, o melhor time capixaba é o pior time do Brasil. Exagero? Diz aí você.

Confira abaixo a classificação final dos eliminados da Série D





17/09 às 13:10
José Carlos Araújo: “Que saudades do Araripe. Daquela Desportiva. Do Rio Branco”

O Garotinho, da Rádio Globo, no Maracanã
O narrador esportivo José Carlos Araújo, o eterno Garotinho, esteve no Estado na última sexta-feira para uma palestra sobre um assunto que o acompanha há quase 60 anos: o futebol. Entre assuntos como a Copa do Mundo no Brasil, a Seleção Brasileira de 1982 e a cobertura esportiva, o radialista falou com saudosismo do futebol capixaba.

"Tenho saudades daquele tempo. Saudades do Engenheiro Araripe. Daquela Desportiva. Do grená da camisa. E também do Rio Branco com o seu branco e preto", lembrou Garotinho, falando das décadas de 1970 e 1980, quando narrava os jogos dos times capixabas na Série A do Campeonato Brasileiro.

Vale lembrar que a dupla Rio Branco e Desportiva participou 17 vezes da elite do futebol brasileiro entre os anos de 1973 e 1986.

Elite, times competitivos, estádios sempre lotado... Um tempo que eu não vivi, mas que sem dúvidas sentiria saudades se tivesse vivido. Fica na memória de Garotinho, dos mais velhos, ou melhor, dos mais experientes. Fica na fotografia.

Espero que quando eu tiver na casa dos 70 anos, como o José Carlos Araújo, eu possa ter saudades de um tempo em que eu vivi.
Tempos de Elite: Rio Branco e Desportiva na década de 1980  foto: Ailton Lopes
 

 

16/09 às 20:30
A ida de João Paulo para o Cruzeiro é uma notícia boa ou ruim?


A notícia pegou o torcedor capa-preta de surpresa no início da noite desta quinta-feira (16), quando o Gazeta Esportes noticiou em primeiro mão a ida do garoto João Paulo, de apenas 18 anos, para o Cruzeiro.

Se por um lado é uma péssima notícia para o torcedor riobranquense, já que o garoto é o principal jogador capa-preta na Copa Espírito Santo, por outro é uma boa para o Rio Branco, e até mesmo para o futebol capixaba, que ganha força e estímulo na categoria de base.

Mas estímulo aos futuros craques da categoria de base é apenas um dos benefícios que o Capa-preta pode ganhar. Segundo a reportagem de Thierry Gozzer e Humberto Gomes, o presidente do Rio Branco Maurício Duque confirmou que a negociação pode, futuramente, render quase R$ 4 milhões aos cofres do clube. O Cruzeiro pode comprar 50% dos direitos econômicos de João Paulo por R$500,00, mas o time capixaba continua com seus direitos federativos. Uma rescisão de contrato ficaria em quase R$ 4 milhões, números altíssimos para o futebol capixaba.

Inicialmente, João Paulo vai para o time júnior do Cruzeiro. Mas pelo futebol que mostrou nos últimos dois anos aqui no Estado, não deve demorar a ir para o time principal. O garoto fica na Toca da Raposa até o dia 31 de janeiro de 2012, mas dificilmente volta. Boa sorte para ele e para o Rio Branco!



15/09 às 15 horas 
Vitória sem diretor de marketing 

Após cinco meses no Vitória, o diretor de marketing Alexandre Salgado rescindiu contrato com o clube na tarde desta quarta-feira (14). Alexandre Salgado se queixou da falta de “espaço” para inovar, mas desejou sorte ao Alvianil. “Chego à conclusão que é melhor buscar um novo ambiente para trabalhar. Investimos muito neste projeto, para que ele desse certo seria preciso um ambiente mais inovador. Seria necessário romper com muitos paradigmas”, disse o ex-diretor pelo Facebook.

Alexandre garantiu que ainda tem “coisas boas” para fazer no futebol capixaba, e “quem sabe acordar um gigante adormecido”.
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Uma pena a saída do Alexandre Salgado do Vitória. O trabalho, super profissional, era bem feito, o que há muito tempo não se via aqui no Estado. Várias jogadas de marketing como a Feijoada Alvianil, a Musa, a festa de lançamento do VFC Arena e a festa de comemoração dos 99 anos estão aí para provar isso. Mas, novidades boas podem pintar por aí. É só aguardar. 

Robertão 

O Serra ganhou um grande reforço para tentar se recuperar na Copa Espírito Santo. A partir do próximo sábado, na partida contra o Vilavelhense, às 15 horas, o Tricolor Serrano volta a mandar seus jogos no Estádio Robertão, na Serra-Sede.

Prometido para o Capixabão deste ano, o Robertão, que está em obras desde 2010, foi vistoriado pelo Corpo de Bombeiros e está liberado para receber 1.100 pessoas. A expectativa do presidente Luiz Gonzaga Pimentel é de que o estádio seja liberado para 2.300 torcedores até janeiro de 2012
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Ótima notícia para o Serra, que sempre foi forte jogando no Robertão. O público do Cobra-Coral deve aumentar bastante, já que os torcedores sempre pediram a volta do Alçapão Tricolor. 

Zelador armado acaba com treino
O título pode até parecer sensacionalista, mas essa é mais uma da série “coisas que só acontecem no futebol capixaba”. Enquanto treinava, no Estádio Justiniano Mello e Silva, o elenco do Espírito Santo de Colatina foi surpreendido pelo zelador do estádio, que estava armado e fez ameaças aos jogadores e a comissão técnica. O motivo? Segundo o funcionário, a equipe não poderia realizar os treinamentos no estádio, que pertence à Prefeitura Municipal de Colatina.
O que dizer? Pois é... nosso futebol.

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11/09/2011 às 16:40
Os números mostram a grandeza do clássico

Nos grandes centros de futebol do Brasil, um público de 2.523 torcedores é considerado pequeno. Mas vamos trazer esse número para a nossa realidade, o futebol capixaba. Neste domingo, a partida entre Rio Branco e Desportiva Ferroviária, que marcou a volta do maior clássico capixaba após 12 anos – tempo em que a Desportiva era Capixaba –, levou 2.523 pessoas ao Engenheiro Araripe, tendo uma arrecadação de R$ 19.520,00.

Vamos ao contexto: o jogo foi válido pela quarta rodada da Copa Espírito Santo, campeonato que desde o seu início, em 2003, nunca atraiu o torcedor capixaba. O horário, às 10 horas de uma quente manhã de domingo, não é dos melhores. Mas mesmo assim, em um campeonato com um histórico de arquibancadas vazias e um horário nada apropriado para uma partida de futebol, quase 3 mil pessoas acordaram cedo e foram ao estádio.

Esse número mostra a importância que tem o clássico Desportiva Ferroviária e Rio Branco. A dupla da Grande Vitória também é dona do maior público da história da competição: 9.483 pagantes e mais de 11 mil presentes, na final de 2008, quando a Desportiva jogava com o “sobrenome” Capixaba. O público deste domingo foi maior, inclusive, que o da final do Capixabão deste ano entre Linhares e São Mateus, em Colatina, que levou 2.498 pessoas ao Estádio Justiniano Mello e Silva.



O jogo
Não adianta nada a torcida comparecer e apoiar se o futebol dentro de campo é feio. O 1 a 1 não chegou a ser um jogo horroroso, mas também não encheu os olhos dos torcedores. Tanto capa-preta, quanto grená.

O Rio Branco teve mais posse de bola, mas faltou criatividade e, principalmente, poder ofensivo. O time até criou mais, mas assustou pouco o goleiro Dênis. Sem Evandro, que está lesionado, o Capa-preta precisa urgentemente de um jogador de área, um centro-avante de referência. Rodolfo não é esse jogador. Peter, que foi afastado após estrear no Capa-preta e ficar três jogos em branco, muito menos. João Paulo, apesar de ser um ótimo atacante, também não é. Percebo que o garoto joga mais à vontade quando está mais recuado, 
buscando o jogo no meio. Mas ele é novo, é um talento a ser modelado.

Já a Desportiva, embora ainda seja nítido o desentrosamento, mostra uma evolução a cada jogo. O time grená finalizou menos, mas se mostrou eficiente, chegando com mais perigo que o Capa-preta. Na próxima rodada, já que o Rio Branco folga, a Desportiva, que tem um jogo a menos, tem a chance de se isolar na liderança do Grupo A.